Sé Catedral da Guarda

A Sé Catedral da Guarda é um dos mais belos monumentos do seu género, existentes em Portugal.
A construção da actual Sé da Guarda remonta aos finais do século XIV, já no reinado de João I de Portugal — D. Fernando teria falhado na promessa de erguer novo templo —, por iniciativa do bispo Vasco de Lamego, partidário da casa de Avis durante a crise dinástica. As obras arrastaram-se lentamente e só no reinado de D. João III seriam concluídas, já em pleno século XVI, apresentando, por isso, elementos do estilo ogival, gótico e joanino, com pormenores de estilo manuelino.
A história da catedral teve um período importante na sua conservação, na viragem para o século XIX: em 1898 coube ao arquitecto Rosendo Carvalheira o restauro do edifício, executando aqui um dos mais importantes projectos de restauro revivalista, pelo que é notável o estado de conservação da catedral.
São vários os elementos de interesse e sem paralelo no nosso país que a Sé da Guarda possui. Na fachada principal, por exemplo, o portal manuelino encontra-se ladeado por duas torres octogonais maciças e em forma de quilha na parte inferior. No interior, de três naves, transepto saliente e cabeceira tripartida, existe um desnível de terreno do portal principal para a capela-mor, o que obrigou a que o espaço dos tramos das naves não seja idêntico e regular, facto que atesta a qualidade do projecto arquitectónico seguido. Na capela-mor conserva-se o imponente retábulo escultórico maneirista, da autoria de João de Ruão, e que corresponde a uma hierarquia do espaço celeste.
Durante as invasões francesas, a catedral da Guarda sofreu muitas danificações no seu recheio e na sua arte, especialmente nas talhas e ornamentações interiores, no coro e no órgão. É, no entanto, um dos mais belos monumentos do País e o “ex-libris” da Guarda.

Morada: Praça Luís de Camões

Horário: Manhã: 9.00h – 12.30h Tarde: 14.00h – 17.30h

Entrada livre

Encerramento: Segundas-feiras e Terças-feiras e 3º fim-de-semana do mês.

Nota: Estes horários podem vir a ser alterados ou reajustados sem aviso prévio

Tel. 271 211 231

 

 

 

 

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Torre de Menagem

Castelo muito adulterado pelas sucessivas demolições das muralhas, mas que, ainda hoje, serve, em alguma zonas, para definir o limite da cidade, adaptado à topografia e de configuração irregular, com construção e remodelações sucessivas desde o século XII ao século XV. No recinto interior da cidadela, a torre de menagem tem dois andares, com acesso por vão elevado de verga recta, de construção gótica, surgindo um perímetro de muralhas a proteger a almedina, de espessura variável, em cantaria de aparelho isódomo, rasgada por várias portas, em arco de volta perfeita ou apontado, reflectindo as sucessivas construções que o espaço sofreu, sendo uma delas em cotovelo; ao longo das muralhas, algumas torres e seteiras em arco recto. Uma delas integra oratório barroco de invovação cristológica.

 

Horário:
Verão (de 01 de Abril a 30 de Setembro)
10:00H-13:00H e das 14:00H-18:00H
Inverno (de 01 de Outubro a 31 de Março)
9:00H-13:00 e das 14:00H – 17:00H
Aberto diariamente à excepção do dia 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa e 25 de Dezembro

Contactos:
Centro de Recepção e Torre de Menagem
Tel: 271224372

torre.menagem@mun-guarda.pt

Igreja da Misericórdia da Guarda

A Igreja barroca da Misericórdia conseguiu na sua variante joanina, que mais não é do que uma forma de decoração rococó, furtar-se à inquietação e ao peso tradicional das fachadas desta arte.

A pureza, a elegância e a harmonia das proporções desta fachada marcam as suas principais características.

A Misericórdia da Guarda serviu de exemplo a algumas réplicas modestas na região.

Adorna a fachada da Misericórdia um frontão com arquitrave, friso e cornija, encimado por um cruzeiro. O frontão é ladeado por duas torres sineiras, rematadas por cúpulas piramidais, sobrepostas, de base quadrangular, sobre as quais assentam duas cruzes-catavento em ferro.

Os muros da fachada e das torres caiados, ao gosto do séc. XVIII, com excepção dos cunhais e dos elementos decorativos, que sobressaiam em relevo, mostrando a cantaria.

O portal é ladeado por pilastras quadrangulares, encimadas por capiteis com um misto de coríntio e jónico num arranjo compósito. Sobre estes, levanta-se um frontão partido, onde assenta, como fecho, um arco conopial.

A porta de entrada é de arco abatido e sobre este destaca-se o escudo com as armas de D. João V. Na fachada há ainda duas janelas de avental e uma hornacina ou baldaquino exterior, assente sobre duas colunas, onde se vê uma escultura, em jaspe, da Virgem da Misericórdia.

Nas torres sineiras existem janelas e postigos de avental e óculos.

As ventanas são de arco de volta inteira. Os cubelos das torres, no remate das cúpulas, são encimados por uma galeria com balaústres. Nos cantos vêem-se fogaréus. O interior desta igreja é monovánico, com cobertura de madeira (meio canhão). O coro assenta sobre um arco abatido, muito bem calculado, longo e elegante. Os altares e púlpitos são barrocos. As galerias laterais, em que se prolonga o coro, fazem-nos pensar numa influência jesuíta. Na parte exterior da capela-mor há um cruzeiro ladeado por dois fogaréus.

A concepção deste templo é genuinamente barroca e pode considerar-se como um dos mais belos monumentos da época de D. João V.

Desconhecemos o autor do projecto.

Esta Igreja influenciou a construção de vários templos barrocos da diocese, especialmente as igrejas da Mesquitela e da Carrapichana (Celorico da Beira).

Largo João de Almeida • 6 300 – 663 Guarda

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